APAS vê redução da Selic como benéfica aos supermercados em médio prazo

"A decisão do Copom foi acertada, uma vez que a inflação está contida e há uma fraca demanda no mercado interno, já que temos mais de 13 milhões de desempregados. Os efeitos deste corte serão percebidos no setor supermercadista no médio prazo, porém, para que esse corte tenha ainda mais efetividade, o governo precisa entender que há necessidade de mais medidas microeconômicas para desconcentração bancária", comentou o economista da APAS (Associação Paulista de Supermercados), Thiago Berka, sobre a redução da Selic, que deve beneficiar os supermercados em médio prazo, com redução de 6% ao ano.

"Ao colocar aplicações financeiras em desvantagem, os empresários se sentem mais à vontade para investir, uma vez que terão mais confiança e otimismo no futuro. O resultado desta equação é a criação de mais empregos e, consequentemente, mais renda", avaliou Berka. 

"O avanço das reformas era uma das medidas necessárias para permitir a redução das taxas de juros. Outro fator que impactou nesta decisão foi o dólar em queda, próximo a R$ 3,70, e confiança de que a inflação se manterá estável até o final do ano, principalmente em produtos importantes para a economia, como as commodities", finalizou Berka.