Fasano se reinventa após quase falência

Na semana passada a Folha de S. Paulo, mostrou uma bela matéria sobre o Grupo Fasano, conglomerado luxuoso de alta gastronomia e hotéis - mostrando a atualidade, o passado e a crise recente do início da década de 2.000, que quase gerou a falência da organização. 

Tudo começou em 1.902, quando Vittorio Fasano, oriundo de Milão, na Itália, inaugura o primeiro espaço gastronômico da família, que era o Brasserie Paulista, na Praça Antônio Prado, no Centro de São Paulo.

Em 1.952, Ruggero, um dos filhos de Vittorio passa a controlar o restaurante. Seis anos depois a bandeira Fasano nasce, no Conjunto Nacional na Avenida Paulista, durando 10 anos.

Já em 1.982, Rogério Fasano, principal nome do grupo na atualidade, que era bisneto de Vittorio, neto de Ruggero e filho de Fabrizio, abre um restaurante no Shopping Eldorado, que fracassa e fecha rapidamente.

Um ano após, Rogério reabre o Fasano, em novo endereço, na badalada Rua Amauri, no Itaim Bibi. Em 1.990 o restaurante migra para a Rua Haddock Lobo, nos Jardins.

O ano de 1.994 marca a abertura do Gero, casa menos formal, também na Haddock Lobo. Cinco anos depois, o Baretto é inaugurado na Amauri e Salvatore Loi, que saiu recentemente da cozinha do Fasano, era contratado.

Em 2.002, o Rio de Janeiro é contemplado com o Gero Ipanema e no ano seguinte é inaugurado o primeiro hotel Fasano, nos Jardins, fazendo com que o Baretto e o tradicional restaurante Fasano, comecem a funcionar no novo empreendimento.

É justamente em 2.003, que Rogério convive com os períodos mais difíceis do Fasano, com o alto custo da gastronomia de nível, a concorrência de peso e a manutenção do recém-produzido hotel. 

De acordo com fontes ouvidas pela matéria da Folha, para a construção do hotel, Rogério desembolsou R$8,5 milhões e outros R$15 milhões são oriundos do Grupo Pão de Açúcar, por parte de Abílio e João Paulo Diniz.

Os Diniz fazem parte de um capítulo na história do Fasano, pois desde meados dos anos 1.990, projetos existiam, mas naufragavam.

A relação comercial entre os Diniz e Fasano, acaba em 2.007, com atritos administrativos, mas sem ressentimentos. Abílio Diniz aproveita e sugere a José Auriemo Neto, presidente da incorporadora JHSF - que se una com Rogério para os novos projetos, como os hotéis.

A JHSF que é a dona do luxuoso Shopping Cidade Jardim, no Morumbi, na zona sul - e seu dono, Auriemo Neto, passa a gerir os restaurantes e hotéis do grupo.

Ainda em 2.007, é inaugurado o Hotel Fasano Rio de Janeiro, também em Ipanema e no ano seguinte, o Nonno Ruggero ganha sua segunda unidade, no Cidade Jardim.

O ano de 2.010 marca a presença da bandeira Fasano no exterior, com a chegada do hotel e restaurante em Punta del Este, no Uruguai. Brasília, capital do Brasil também ganha uma unidade do Gero.

O ano passado, marca a inauguração do hotel Boa Vista, em Porto Feliz, no interior paulista e a Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, recebe o Gero.

Para esse ano, Fasano pretende inaugurar a Trattoria e o ano que vem deve ser marcante para a Bahia, com a chegada do hotel em Salvador.

Atualmente o nome Fasano é muito forte, porém é nítido que se o mesmo não tivesse apoiadores, dificilmente seria o que é hoje. Para se ter uma ideia, os Hotéis Fasano & Resorts - são 47% do Fasano e 53% da JHSF - mesmos números do Fazenda Boa Vista.

Os irmãos de Rogério - Fabrizio e Andrea - possuem participação em algumas casas do grupo, como a Casa Fasano Eventos, o Baretto e o Buffet.

Outros nomes como Fernando Toledo, Patrícia Fillardi e João Rodarte - também possuem participações em algumas casas.

Hotel Fasano, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, no Rio de Janeiro