Quase 300 voos atrasados no Brasil

A Gol, uma das maiores empresas de aviação no Brasil, registrou na segunda-feira (02) a marca de 408 voos atrasados, que representam 52% do total e 99 cancelados (12,6%). Ontem, o número progrediu um pouco, sendo que antes da meia-noite, 37% dos voos domésticos estavam atrasados e 7,2% cancelados. A assessoria de imprensa da Gol não se manifestou em relação ao período de normalização de seus serviços.
A insatisfação foi completa, especialmente nos aeroportos de Cumbica (Guarulhos) e Galeão (Rio de Janeiro), com filas intermináveis e o público dormindo no saguão.
Essa história é bastante engraçada, pois recentemente a Gol publicou em diversos jornais que há centenas de oportunidades de trabalho, nas mais variadas funções e de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) - a procura de voos domésticos da Gol, cresceram 27,7% no primeiro semestre de 2.010, se comparado ao mesmo período do ano passado. Porém, o que me causa maior espanto é a greve planejada dos funcionários da empresa que comunicaram através de um blog corporativo, a paralisação de seus serviços no próximo dia 13, curiosamente uma sexta-feira, em um mês que muitos consideram sombrio (agosto). Os funcionários querem reajuste salarial, planos de saúde e previdência privada, além do famoso plano de carreira.
Cá para nós, é realmente estranho uma empresa oferecer 400 vagas de emprego e na semana seguinte, uma greve ser anunciada pelos atuais profissionais da Gol, pedindo justamente um aumento salarial. Vale ressaltar que a Gol é de propriedade de Constantino de Oliveira Júnior, filho de Nenê Constantino, dono das antigas empresas de transporte público - Tusa e Jaraguá, que atendiam as zonas norte e oeste de São Paulo, mas que ficaram famosas pelas inúmeras greves ao longo da história.