Grandes supermercados começam a diminuir no Brasil

Foi-se o tempo que grandes lojas (em tamanho) eram sinônimo de sucesso. Carrefour e os extintos Eldorado e Paes Mendonça tinham lojas de grandes dimensões, especialmente em São Paulo. Curiosamente o sucesso das redes de grande porte, estava ligado ao período de inflação que o país passou, especialmente nos anos 80. Desde 2.007, o número de unidades de conveniência (vizinhança) e atacarejo (mistura entre atacado e varejo) aumentou consideravelmente se comparado à hipermercados e grandes supermercados, segundo dados da revista Supermercado Moderno. Em média, os atacarejos são 25% menor do que os hipermercados e as lojas de vizinhança são 46% menores que os supermercados. De acordo com a pesquisa, em dois anos (2.007-2.009) a quantidade de lojas de vizinhança aumentou cerca de 134%, passando de 333 unidades para 779. No mesmo período, os atacarejos também tiveram elevado aumento, de 90 para 197 lojas. Já os hipermercados tiveram aumento de 8% e os supermercados de 1,5%.
Com esse "relativo fracasso", Carrefour, Pão de Açúcar (Extra) e Walmart, adotaram uma nova tática. Suas lojas estão sendo reduzidas, em muitos casos acima de 6% da área total. Segundo especialistas, alguns fatores dessa nova fase do mercado varejista, é o próprio envelhecimento da população, que opta por comprar perto de casa, e o fim da inflação, em que as pessoas não precisam mais estocar produtos e sim comprar aos poucos, diferentemente do que os consumidores faziam nos anos 80, com a preocupação do acréscimo de valores.
O Carrefour se adequou a nova categoria do mercado, e criou a bandeira Carrefour Bairro, com área de vendas bem menor que seus antigos e tradicionais hipermercados