Direção do Ceagesp afirma: “O entreposto não sairá da Vila Leopoldina”

Novamente o Ceagesp é um dos temas atuais da Vila Leopoldina. Além da questão das enchentes e da possível presença de uma “Nova Cracolândia” nos arredores, a sua tão cogitada saída da região, afirmação usada especialmente por corretores de imóveis, na tentativa de atrair um contingente maior de moradores, já que o entreposto comercial não é viso com bons olhos por muita gente, se tornou novamente o principal assunto. A nova localização continuaria sendo aquela no Rodoanel, na parte oeste, região da Rodovia Raposo Tavares, em um espaço menor, com cerca de 500 mil metros quadrados, contra os atuais 715 mil. O Ceagesp é o maior centro de abastecimento do Brasil, e vem ganhando notoriedade em todo o país, desde dezembro do ano passado, devido as conseqüências das chuvas que caem de forma agressiva, especialmente na avenida Doutor Gastão Vidigal, onde estão os portões de entrada. A cada chuva forte, prejuízo de milhões de reais e alimentos perdidos. Segundo especialistas em construção e logística, o entreposto para se modernizar, deve migrar para uma área com pelo menos o dobro de seu tamanho atual, o que não ocorrerá caso se instale na Raposo Tavares. Outro fator desfavorável seria o custo dessa mudança, especialmente relacionado à infra-estrutura com obras, esgoto, energia, água e estações de tratamento. Ainda como ponto negativo, a questão dos funcionários, já que boa parte dos 10 mil trabalhadores, moram em bairros próximos como Jaguaré, Parque Continental ou na vizinha Osasco.
De acordo com estudos da Universidade de São Paulo (USP), o centro de abastecimento se localiza em uma área de risco, com subsolo de terreno alagadiço, tendo um lençol freático aflorado, totalmente superficial.
O entreposto que é mantido pelo Governo Federal, se posicionou através de sua assessoria de imprensa: “A Diretoria da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais (Ceagesp) informa que não existe nenhum plano nesse sentido. Portanto, qualquer notícia contrária a essa se trata de mera especulação”.