Está na moda casas de shows mudarem de nome

São Paulo, Rio de Janeiro e outras cidades do país, vivem uma tendência que é a mudança no nome de suas casas de espetáculo. Em 2.000, o maravilhoso Palace, em Moema, zona sul de São Paulo, se tornou DirecTV Music Hall, depois mudou de nome para CIE Music Hall, e por fim virou Citibank Hall (foto). O Tom Brasil, sucesso paulistano também virou HSBC Brasil e no Rio, vários ambientes trocaram de nome, como o Teatro Casa Grande, que virou Teatro Oi Casa Grande, imitando assim uma fórmula já comum nos Estados Unidos há muitos anos, onde com esses apoios, geralmente de empresas de telefonia, seguradoras e bancos, elas passam a imagem, que estão antenadas com o mundo do espetáculo e da cultura.
Porém, essa prática pode virar uma furada, pois o investimento para a marca patrocinar com seu nome a casa, tem um alto custo, na média R$500 milhões por ano, segundo dados da Lei Rouanet, e se a casa trouxer eventos que não obtenham sucesso e cartaz, pouco será divulgado, não gerando notícias e lucro.
Eu sou completamente contra essas instituições colocarem seus nomes nas casas de shows e cultura, pois elas são milionárias e não contribuem em nada para o enriquecimento cultural de nosso povo, e querem passar essa falsa imagem, porém, a mim, eles não enganam.
(Estadão)