A possível crise da falta de energia elétrica

Atualmente o presidente Lula tem uma grande preocupação. A possível falta de energia elétrica que o país poderá sofrer ainda esse ano. No governo Fernando Henrique Cardoso, ocorreu o apagão em 2.001 e na semana passada o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, disse que, ''não é impossível'', que ocorra um racionamento de energia já nesse ano.
A declaração gerou uma turbulência no governo, e Lula tentou nomear o senador Edison Lobão (PMDB-MA), para o Ministério de Minas e Energia. O desconforto é tão grande que o presidente avisou cada ministro, que não aceita o corte no fornecimento para o consumidor. Tudo isso deixa claro, que a questão do apagão energético ainda não foi resolvido, e o país corre esse risco. Para o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José de Freitas Mascarenhas, a solução é: ''o que nos resta é pedir a Deus que mande chuva''. O setor energético deve receber 54,5% de um total de R$504 bilhões em investimentos até 2.010, através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além da dependência da chuva, o país ainda precisa que as usinas térmicas, gerem uma quantidade maior de gás e óleo, para um melhor funcionamento. Mascarenhas também afirmou que o governo já deveria estar providenciando a regulamentação do uso da biomassa, para a geração termoelétrica. Porém, ele salientou que com a construção de linhas de integração do sistema elétrico em todo o país, o apagão não deverá ocorrer. Ainda hoje, a região Sul é a que tem a maior reserva de energia. Sabemos que com energia em falta, o preço da eletricidade tende a aumentar.
(Estadão)