Universidades brasileiras querem que ex-alunos doem dinheiro à elas

Semana passada Custódio Pereira, diretor das Faculdades Integradas Rio Branco, organizou um evento em São Paulo, com a participação de americanos especializados em captação de recursos. Na ocasião eles mostraram como as instituições brasileiras, especialmente as públicas podem contribuir de forma financeira a melhorar e expandir a universidade.
Muitas não pedem ajuda, e aí a biblioteca não ganha acervo novo, não há espaço para divulgação e tecnologia e nem bolsas de estudos.
Para os americanos que participaram do evento, a solução é simples. É só não perder contato com o ex-aluno e pedir dinheiro é claro.
Nos Estados Unidos, a prática é comum, tanto que em 2.006, a captação de recursos, rendeu ao ensino superior norte-americano US$41 bilhões, equivalente a R$76 bilhões.
Os maiores doadores são os ex-alunos de humanas. Existe um profissional em cada universidade americana que ''corre atrás'' dos ex-alunos, mandando e-mail, mensagens, divulgando e convidando esses ex-alunos para eventos e assim pedir dinheiro à ele.
Custódio Pereira (o mais alto, junto com outros diretores) afirma: ''Há brasileiros que fizeram pós-graduação em universidades americanas e doam dinheiro a elas. Por que não podem doar às universidades públicas brasileiras onde fizeram a graduação?''
Essa questão é polêmica, pois muitas vezes o aluno é seduzido devido as promessas na hora da matrícula, e depois a instituição não cumpre com o combinado, como cota de materiais, impressões, estágios entre outras coisas mais, e além do mais agora querem pedir dinheiro em troca. Esquisito! (Estadão)