Inflação assusta países emergentes

Os bancos centrais dos países emergentes estão com dificuldades para normalizar os índices inflacionários. Para especialistas os alimentos estão em uma fase de aumento global e o crescimento nos países é muito forte.
A China que é um dos países que mais cresce no mundo, a inflação subiu 5,5% em julho, se comparado ao mesmo período do ano passado, o que gerou um reboliço entre autoridades econômicas.
Segundo o banco de investimentos Dresdner Kleinwort, os países emergentes estão mais expostos às pressões inflacionárias originadas dos alimentos. Isso porque o alimento ocupa uma importante faixa nos índices inflacionários para os consumidores.
Entre os países emergentes, o peso dos alimentos na cesta é de 30%, contra 15% nos Estados Unidos e 13% na Europa. A energia, oriunda da alta do petróleo, tanta custa alto para os emergentes.
O Chile, uma das nações que mais crescem na América Latina, até abril, a inflação em 12 meses estava em 2,5%, sendo que a meta era de 3%. Porém no segundo trimestre a taxa aumentou, e o Chile nos meses de julho e agosto, apresentou inflação mensal de 1,1%.
Na Colômbia, outra nação que cresce muito na América Latina, a inflação acumulada em 12 meses até outubro de 2006 estava em 4,2%, e a meta era de 4,5%. Em 2007, a meta caiu para 4%. Só que em abril a inflação culminou em 6,3% em 12 meses, e caiu para 5,8% em julho.
O Brasil é um dos poucos países com sistemas de metas que possuem a situação controlada. A inflação está em 3,7%, índice abaixo da meta que é de 4%..
Outro país latino que cresce é o Peru. A previsão é que cresça 7% esse ano e que a inflação não ultrapasse 2,2%, dentro da meta de 1,5% e 3,5%. O México, possui inflação de 12 meses na casa dos 4,03%, quase dentro da média de 2% a 4%.
Além dos latinos, países como a África do Sul, tiveram índices nos 12 meses, de 6,5% em julho, que é alta e acima da meta de 3% a 6%. Mesmo na Europa existem índices altos, como a Hungria, de 7,6% em 12 meses.
(Estadão)