Vulcabrás assume o controle da Azaléia

Pedro Grendene é um dos principais acionistas da Grendene, e assumiu o controle acionário da Azaléia. Agora a Vulcabras detém 99,74% das ações ordinárias e 51,28% do capital total da empresa.
Com a compra da Azaléia, a Vulcabras se tornará uma gigante no setor de calçados em nosso país, com faturamento anual de R$1,2 bilhão.
Hoje a gaúcha Azaléia produz 45 milhões de pares de sapatos todos os anos, empregando 14 mil funcionários e em 2006 faturou R$800 milhões. A Vulcabras no mesmo período faturou R$444 milhões.
No início de julho a Vulcabras também comprou a argentina Indular Manufacturas, que faz calçados esportivos. O investimento na área esportiva é estratégico, pois a Vulcabras tem uma licença de exclusividade da marca Reebok no Brasil, e esse controle está chegando no final. Com isso, a marca Olympikus que pertence a Azaléia, entra no foco da Vulcabras, principalmente por ser uma das marcas que mais cresce na área de tênis no Brasil.
Apesar do sucesso da Olympikus, que freqüentemente é patrocinadora de eventos esportivos, a Azaléia não vive um apogeu. Seu fundador, Nestor de Paula, morreu em 2004 e desde essa época, a empresa vem passando por muitas dificuldades. Desde o fim do ano passado, a Azaléia não tem um presidente, e vem sofrendo como todo o setor calçadista, com a concorrência chinesa. Para se ter uma idéia desde outubro do ano passado, a Azaléia movimenta 25% do seu mercado externo com calçados feitos em fábricas terceirizadas na China.
A Vulcabras está se instalando em Buenos Aires e transfirirá um terço da produção de Horizonte, no Ceará, para a Argentina.
(Estadão)