Surge um novo termo no comércio: Atacarejo

Atualmente os atacados além de terem como consumidores, pequenos comerciantes, incluindo até supermercados de pequeno porte, contam agora com o cliente de supermercado que vai atrás de ofertas e tem condições de estocar mercadoria em casa. Para especialistas em atacadistas, o consumidor quando vê uma quantidade enorme de produtos na embalagem por um preço baixo, se impressiona e compra, pois quer levar sempre mais produto para casa.
Os atacados do Brasil não são bonitos, são lojas grandes, altas e escuras. Não tem sacola para o cliente, e os produtos ficam em prateleiras altas em caixas. Como não tem luxo, o preço é mais baixo do que um supermercado comum, que geralmente são lojas mais claras, com sacolas, um piso de melhor qualidade entre outros fatores.
O Roldão é um dos maiores atacados do país, com cinco lojas em São Paulo, e uma em Osasco, na região metropolitana. A meta atual da rede é abrir mais três unidades este ano e dobrar o faturamento para chegar a R$1 bilhão. O cliente comum representa 70% do faturamento da rede em regiões periféricas e 40% ao todo.
O Assaí possui 14 lojas, espalhadas por São Paulo e pelo interior do estado. A meta deles é fechar 2007 faturando R$1,3 bilhão. O consumidor comum representa a metade do faturamento da empresa.
Mas as grandes redes de hipermercados como o Carrefour, Pão de Açúcar e o Wal-Mart já perceberam esse segmento crescente, tanto que a maior rede do país, a francesa Carrefour, comprou em abril o Atacadão, que possui mais de 30 lojas por todo o Brasil. O Wal-Mart controla o Sam’s Club, que é um atacado que cobra anualmente uma taxa de R$35 para que os clientes freqüentem as lojas e o Extra, preocupado com o novo fenômeno atacadista, o Tenda, faz campanha pesada contra seu vizinho (em Carapicuíba, grande São Paulo) com faixas estendidas na região dizendo que a rede cobre qualquer oferta do Tenda.
Hoje o Tenda é o que mais cresce no ramo, com nove lojas, uma inclusive dentro de um shopping em Guaratinguetá, interior de São Paulo e pretende até o fim do ano se expandir para 12, e o público comum, sem ser comerciante, representa 70% do faturamento da rede.
Realmente os atacados são interessantes, pois vendem barato e em grande quantidade, o que é ótimo para comerciantes e famílias com muitas pessoas. Mas algo interessante de se fazer nos atacados é a feira, pois a sessão de horti-fruti também é boa e acessível para todos.
(Estadão)