Em tempos de caos aéreo, jatinho está na moda

A Companhia Vale do Rio Doce, cansada dos atrasos das aeronaves que decolam dos aeroportos de todo o país, e das filas do check-in, possui um jato particular que serve para levar seus executivos do Sudeste para a região Norte, pois lá a mineradora possui a maior mina de minério a céu aberto do mundo, em Carajás no Pará.
O jatinho é fabricado pela Embraer, é um turboélice Brasília e foi batizado de Aerovale. A capacidade do jato é de 30 pessoas e seu investimento foi de US$7 milhões. Antigamente a Vale pagava R$300 mil por mês em táxi, o que se comparado com o vôo, esse valor equivale a 2 mil passagens do Rio de Janeiro para São Paulo, que por serem menores os jatinhos podem operar em aeroportos centrais, se diferenciando as empresas tradicionais de aviação que são obrigadas a pousarem em grandes aeroportos, que geralmente são longe das regiões centrais das capitais. Outra facilidade do uso de jatos executivos é o fato das aeronaves trafegarem em regiões mais baixas do que as que as grandes aeronaves voam, evitando congestionamento aéreo.
A Vale já estuda ter um segundo jatinho e além da mineradora, Votorantim, Banco Safra e Bradesco devem comprar em breve seus próprios jatinhos.
(Estadão)