Venda de cervejas deve aumentar

Esse ano o mercado de cervejas romperá a faixa de 10 bilhões de litros produzidos. Todas as cervejarias do país tiveram um aumento considerável em suas vendas. A Ambev líder de mercado, composta pelas marcas Skol, Brahma e Antarctica, cresceu mais de 5% de volume de vendas no primeiro trimestre. A mexicana Femsa, dona da Kaiser e Sol, triplicou suas vendas no mesmo período. As marcas menores como a Schincariol e a Cervejaria Petrópolis, retentora das marcas Crystal e Itaipava (foto), também tiveram um aumento em suas vendas, embora não divulgassem nenhum
registro oficial disso. Com a queda do dólar os lucros aumentaram, pois as matérias-primas como lúpulo, malte e alumínio (para embalar) que são importadas perdem o valor.
A surpresa do segmento é a Petrópolis, que passou a Femsa e se tornou a 3a cervejaria em vendas, com 8,1% de mercado. Para a concorrência sobrou preocupação e a especulação de que a Petrópolis sonegue impostos, dessa forma usaria preços mais baixos. É comum nos arquivos da polícia denúncias de sonegação na distribuição de cervejas e é grande o número de boletins de apreensão de caminhões de entrega sem notas fiscais.
Onde é que a cerveja mais vende?
Na mesa do bar, bem gelada ela gera R$24 bilhões anuais e 35% são recolhidos em impostos. Segundo o Sindicato nacional da Indústria de Cerveja (Sindicerv), 67% do número de vendas de cervejas é pego em bares e restaurantes, nas tradicionais garrafas 600 ml de vidro. O restante é composto pelas latas, long neck e barris de chope.
Outro setor rentável para as cervejarias são os botecos e sua informalidade, pois com uma nota para uma caixa de cerveja o distribuidor entrega quatro ou cinco no bar de periferia, embora as cervejarias garantam que os caminhões saem de suas fábricas com toda a documentação exigida e em dia.
(Estadão)